O gigante de comércio eletrônico chinês Alibaba comprou uma fatia de 5,6% em ações do Groupon, que atua no mesmo setor. A participação equivale a quase 33 milhões de papéis da empresa. Com a aquisição, o Alibaba se torna o quarto maior acionista do site, que perdeu cerca de 80% de seu valor desde a abertura de capital em novembro de 2011. Na sexta-feira, a empresa chinesa havia anunciado a intenção da medida em um documento regulatório.

As ações do Groupon chegaram 38% durante o pregão desta terça-feira com o anúncio para US$ 3,98, o maior ganho diário desde o IPO da companhia. Os papéis da empresa avançaram pelo segundo dia seguido, acumulando alta de 74% em dois dias, junto a valorização de 29% na sexta-feira. Já as units do Alibaba avançaram 9,8%, ou US$ 5,97, para US$ 66,86.

O Groupon tem enfrentado dificuldades desde a abertura de capital para estimular o crescimento e os lucros. Em novembro, a companhia trocou de lideraça: Rich Williams assumiu a direção executiva no lugar de Eric Lefkofsky. Desde a chegada no cargo, Williams aumentou o orçamento para o setor de marketing na tentativa de reinventar o serviço de anúncios de promoções online. A empresa saíu de 17 países e agora atua em 28 enquanto tenta agilizar internacionalmente as operações.

A compra da fatia pelo Alibaba foi anunciada um dia após o Groupon anunciar resultados do quarto trimestre em linha com a expectativa de analistas, puxadas pelas vendas na América do Norte. A companhia afirmou que o lucro, excluindo alguns custos, foi de US$ 0,04 por ação.

SEM NOVOS ACORDOS

Mesmo com os ganhos do Groupon, as ações da empresa caíram 50% nos útlimos 12 meses. Williams afirmou à Bloomberg na sexta-feira que o papel estava subvalorizado, apesar de não planejar novos acordos.

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O Alibaba também acumular partipações em outras empresas americanas, como a varejista on-line Jet.com e na Lyft, que oferece serviço de transporte compartilhado.

Bill Roberts, porta-voz do Groupon, afirmou na sexta-feira que a companhia não tinha conhecimento da fatia do Alibaba até a apresentação do documento.

— O Alibaba tem uma reputação como acionista de longo prazo, e estamos satisfeitos que eles tenham a mesma visão do Groupon de oportunidade e execução como nós — afirmou Roberts.

(Por O Globo) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM