A Amazon pensou em drones e e cargueiros para entregar as encomendas feitas em seu site. E tinha grana suficiente para bancar essas ideias.

No ano passado, os negócios da empresa geraram 107 bilhões de dólares. Isso a torna o maior e mais lucrativo e-commerce do mundo. Mas a última inovação da empresa aponta para um modelo bem tradicional de negócio.

Nos próximos meses, a Amazon pode abrir entre 300 a 400 livrarias nos Estados Unidos, afirma Sandeep Mathrani, chefão de uma rede norte-americana de shoppings.

O número é grande, mas a ideia não é inédita. Em novembro de 2015, a companhia abriu a primeira ‘Amazon Books’, livraria localizada em Seattle, Estados Unidos. O empreendimento foi descrito como uma “extensão da Amazon.com”, com títulos vendidos ao mesmo preço da loja virtual.

Na teoria, não faz sentido abrir dois negócios idênticos em preços, principalmente quando um negócio já vai muito bem com custos mais baixos. Na prática, a conversa é outra.

A Amazon Books possui produtos da Amazon à venda. Isso inclui o leitor de ebook Kindle, o emulador multimídia Fire TV e o assistente virtual Echo.

Mais importante ainda: todos estes produtos podem ser testados e comprados por lá mesmo. Ao menos para alguns analistas, a venda “ao vivo” desses dispostivos pode gerar uma renda extra e equiparar a loja com marcas como a Apple e suas iStores espalhadas por aí.

E, mais uma vez, dinheiro não deverá faltar. Entre 2014 e 2015, a Amazon teve um crescimento de 26% – sua receita pulou de 88 bilhões para mais de 100 bilhões de dólares num só ano. Dá para gastar um pouquinho construindo livrarias por aí.

(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM