O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) na cidade de São Paulo atingiu 68,5 pontos em janeiro, alta de 3,8% em relação ao mês anterior, mas também a menor pontuação para o mês desde 2010, início da série histórica, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Além disso, o indicador registrou queda de 36,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. O ICF é apurado mensalmente e varia de zero a 200 pontos. Abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100 pontos representa satisfação em relação às condições de consumo.

Embora os sete itens que compõem o indicador tenham apresentado alta em relação a dezembro, isso não indica uma reversão de tendência, segundo a Fecomercio.
Esse foi o 15º mês consecutivo em que todos os itens do indicador apresentaram pontuação inferior em relação ao mesmo mês do ano anterior e o sexto mês consecutivo que todos permaneceram abaixo dos 100 pontos.

Os componentes que apresentaram as maiores altas, na comparação com dezembro, foram: perspectivas de consumo, que subiu 7,3% neste primeiro mês do ano e atingiu 49,6 pontos; e nível de consumo atual, que, apesar do patamar ainda baixo (42,8 pontos), registrou alta de 5,9%.
O item “momento para duráveis” registrou a pontuação mais baixa com 41,7 pontos – ou seja, 77% das famílias paulistanas consideram um mau momento para comprar bens como fogão, geladeira etc.

Mais uma vez, os itens relacionados a emprego registraram os melhores níveis de pontuação do ICF em janeiro. O item “perspectiva profissional” subiu 5,3% na comparação com dezembro e atingiu 98,2 pontos; e o quesito “emprego atual” apresentou alta de 3,3% na comparação mensal e registrou 93,1 pontos.
O item “acesso ao crédito” ficou estável nos 71,2 pontos, resultado de juros mais altos e dificuldade na obtenção de crédito no mercado.

Renda
O item “renda atual” teve aumento de 4,6% em janeiro, porém, a pontuação seguiu abaixo dos 100 pontos (82,9), o que mostra que a renda das famílias está pior neste momento do que em 2015, quando foi registrado 130,4 pontos.

Na análise por faixa de renda, houve aumento no ICF em ambas as classes, mas o nível de insatisfação permanece. O índice das famílias com renda superior a dez salários mínimos atingiu 65,8 pontos, alta de 10,1% na comparação com dezembro, enquanto as com renda abaixo de dez salários mínimos chegou a 69,4 pontos, um acréscimo de 1,9%.

(Por Varejista) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM