Todo ano a rede americana de lojas de departamentos Target abre uma loja sazonal de fim de ano que tem um foco maior em desenvolvimento de marca e inovação do que propriamente em vendas. Na edição deste ano do PDV, a varejista traz pistas sobre o que ela entende como o futuro do varejo.

Localizada em Nova York, a pop up store “Target Wonderland” (o “País das Maravilhas da Target”, em tradução livre) é um lugar para os clientes visitarem, até comprarem um produto ou outro, mas principalmente para entrarem em contato com um ambiente diferente e inovador, que testa conceitos que, daqui a alguns anos, podem se tornar um lugar comum nas lojas da rede.

Na Target Wonderland, os clientes podem usar chaves com RFID (identificação por radiofrequência) para selecionar produtos, em vez de usar carrinhos de compra. O sistema também serve para identificar como os clientes navegam pela loja, quais áreas visitam e em quais delas passam mais tempo.

Buscando oferecer mais experiências dentro da loja para atrair clientes que, cada vez mais, se inclinam na direção da praticidade do online, o PDV apresenta jogos, atividades e atrações como um enorme navio pirada feito de Lego.

Ao entrar na loja, os clientes chegam a uma área onde retiram suas chaves RFID e recebem instruções sobre como o sistema funciona. A partir dali, os clientes vão à loja em si, passando por um corredor com uma estética ao estilo de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”. Do outro lado, estão áreas temáticas com diversas atividades. Um exemplo é o castelo inspirado em “Frozen”, onde as crianças podem fazer tatuagens de glitter e é possível adquirir um castelo em miniatura usando a tecnologia de RFID.

Um risque-rabisque gigante tira fotos dos clientes e desenha uma versão do consumidor em sua tela. É possível comprar risque-rabisques ao lado, usando a chave RFID (basta escanear a chave e o produto é acrescentado ao carrinho digital). A loja é um teste de como as pessoas reagem ao uso da tecnologia como facilitador de compras, buscando identificar melhores práticas e pontos de atrito nas transações.

O espaço também conta com uma estação para “test drives” em drones, bem como uma pista de corridas para carros e para o androide BB-8 de Star Wars. Somente 16 itens estão à venda na loja, uma vez que o espaço é mais um campo de provas do que um local para venda de produtos.

 

 

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM