O volume de vendas no varejo caiu 0,5% em setembro, na comparação com um mês antes, já descontados os efeitos sazonais, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (12). É o oitavo resultado negativo consecutivo.

A queda foi menor que a média estimada pelo Valor Data, de recuo de 0,9%, apurada junto a 20 instituições financeiras e consultorias. O intervalo das projeções era de queda de 1,6% a retração de 0,4%.

Na comparação com setembro de 2014, as vendas do varejo diminuíram 6,2%, o pior resultado para o mês nesse confronto desde o início da série histórica, em 2001. No ano, as vendas varejistas declinaram 3,3% e, nos últimos 12 meses, tiveram baixa de 2,1%.

A receita nominal do varejo, por sua vez, cresceu apenas 0,1% em setembro, ante agosto, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com setembro de 2014, cresceu 1,8%. No ano, houve aumento de 3,5% e, no acumulado de 12 meses, alta de 4,5%.

No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 1,5% em setembro, na comparação com o mês antecedente, já descontados os efeitos sazonais. Ante setembro de 2014, houve queda de 11,5%, o pior resultado desde 2005. No ano, as vendas cederam 7,4% e, em 12 meses, registraram redução de 6%.

Já a receita nominal do varejo ampliado caiu 1,2% em setembro, ante agosto, feitos os ajustes. Em relação a setembro de 2014, a receita apresentou recuo de 4,4%. No ano, houve baixa de 1,1%, mas, em 12 meses, o IBGE apontou elevação, de 0,1%.

Atividades

Entre agosto e setembro, oito das dez atividades do comércio pesquisadas pelo IBGE verificaram queda, com destaque para veículos, motos, partes e peças (-4%). Esse segmento registrou um recuo mais acentuado em relação ao nono mês de 2014, de 21,8%.

Hiper e supermercados, produtos alimentícios e bebidas apresentaram aumento discreto no confronto mensal, de 0,1%, mesmo resultado de agosto. No comparativo anual, a queda foi de 2,2%.

“Esta atividade teve seu desempenho influenciado pela queda da renda real, além do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 10% no grupo alimentação no domicílio, contra 9,5% da média geral de preços”, destacou o instituto.

(Por UOL) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM