Considerada referência internacional de mercado, a indústria de shopping centers americana é uma das mais maduras do mundo. Com o maior índice mundial de ABL a cada 100 habitantes, segundo o ICSC (International Council of Shopping Centers), o setor permanece em expansão nos Estados Unidos. Um comparativo com os dados da indústria brasileira permite constatar o grande potencial de avanço do mercado de shoppings no País. Nos EUA, os centros de compras representam 54% do total de vendas do varejo e 14,6% de faturamento em relação ao PIB. Já no Brasil, esses índices chegam, respectivamente, a 19% e 2,8%, o que revela que ainda há muito espaço a ser explorado pelos centros de compras.

De acordo com a Abrasce, o Brasil possui 528 shoppings ativos, totalizando 14 milhões de m² de ABL. Embora os números sejam tímidos se comparados aos 46.515 empreendimentos e 614,3 mihões de m² dos Estados Unidos, o setor de malls brasileiro vêm registrando indicadores de desempenho mais elevados nos últimos anos.

Cruzando dados da Abrasce e do ICSC, a indústria brasileira apresentou, de 2010 a 2014, 27,5% de crescimento em número de shoppings, contra 1,1% de evolução registrada no americano. No mesmo período, o setor no Brasil teve alta de 56,4% em faturamento, índice muito maior se comparado aos 13,9% registrados nos Estados Unidos. A visita ao shopping também está mais presente na população brasileira do que na americana, com média nacional de sete idas por mês e tempo médio de permanência no empreendimento de 76 minutos. Nos Estados Unidos, esses índices são de 3,5 visitas/mês e 90 minutos, respectivamente.

“Comparada ao mercado brasileiro, a indústria americana de malls é mais desenvolvida e nos dá o horizonte de onde podemos chegar com a expansão do setor nacionalmente. Os shoppings no Brasil já possuem muita força e esperamos comemorar grandes avanços para o setor nos próximos anos”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.

(Por Abrasce) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM, Shopping Center