A rede de franquias Óticas Carol tem planos ousados ao longo de cinco anos. A rede quer ter 200 lojas só em São Paulo. Além disso, pretende lançar, até 2016, uma loja virtual que agregará as mais de 700 unidades em operação.

Ao promover acessibilidade a marcas de luxo como Guess e Ralph Lauren, entre outras – com a escala de 700 lojas a marca consegue vender os produtos até 30% mais baratos -, a Óticas Carol tem passado ilesa à desaceleração da economia no Brasil. “Não tivemos queda nas vendas. Nossos franqueados estão satisfeitos com os resultados este ano”, afirmou exclusivamente ao DCI o presidente da marca, Ronaldo Pereira.

Ainda segundo o executivo, após a venda de 95% da Óticas Carol para o fundo britânico 3i e outros dois norte-americanos – o Siguler Guff e o Neuberger Berman -, a empresa passou a ter gestão profissionalizada, o que tem ajudado no processo de expansão da marca. “A gestão foi a única coisa que mudou do ano passado para cá. Com os investidores, conseguimos ter uma visão melhor do mercado e aumentar a nossa participação no mercado óptico”, ressaltou o executivo, que detém 5% da empresa, os outros 95% estão nas mãos dos investidores.

Tamanho do mercado

O mercado em que atua a rede está em alta. Dados da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abiótica) apontam que no primeiro semestre deste ano o setor cresceu 11%. A expectativa é que o faturamento chegue a R$ 24,7 bilhões no País até o final deste ano.

Apesar dos negócios aquecidos, a rede de óticas diz que para ter as 200 lojas só em São Paulo, a empresa terá de abrir unidades próprias para rentabilizar a iniciativa. “Como teremos lojas muito próximas uma das outras, ter investimento próprio ajuda a atrair investidores”, disse o executivo. Hoje, a rede tem três unidades próprias, mas quer chegar a dez lojas. “Temos dificuldade para encontrar o ponto comercial. Quando encontramos, o aluguel está muito caro. Mas todo o processo será estruturado para que nada dê errado.”

Público-alvo

Se engana quem pensa que a rede será voltada apenas à classe C. O presidente da Óticas Carol afirmou que a meta é estar onde há consumo. “Podemos abrir unidades na zona sul e em Itaquera, na zona leste. A única coisa que mudará é o mix de produtos, que é diferenciado por regiões. Nos Jardins, apostamos nas marcas Tiffany e Prada. Em outras, comercializamos Lacoste e Ralph Lauren”, explicou Pereira. Hoje, a Óticas Carol comercializa 200 marcas nacionais e internacionais. A sua maior estratégia é a venda em 10 vezes sem juros.

(Por Varejista) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM