As vendas de smartphones no Brasil durante o segundo trimestre de 2014 somaram 13 milhões de aparelhos comercializados, um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2013, número recorde, de acordo com estudo da International Data Corporation (IDC, empresa de consultoria) divulgado nesta sexta-feira (12). Entre abril e junho, foram vendidos mais de 100 smartphones por minuto. O valor diz respeito às vendas para o varejo, número que não corresponde à venda direta para o consumidor.

De acordo com o estudo, foram vendidos 17,9 milhões de aparelhos entre os meses de abril e junho, sendo 13,3 milhões de smartphones (75%) e 4.6 milhões de celulares (25%). Enquanto os smartphones crescem em vendas, os celulares (feature phones) tiveram queda de 16% no mesmo período do ano passado.

Dos aparelhos vendidos no 2º trimestre, mais de 90% rodam sistema operacional Android e o valor médio dos aparelhos ficou em R$ 700. O levantamento não leva em conta aparelhos comprados fora do país e os que são “imitações”, vendidos em lojas não autorizadas.

Outra tendência que cresce no Brasil são dos aparelhos com telas maiores, os “phablets” (união das palavras “phone”, de telefone, e tablet). Eles têm telas com tamanhos acima de 5 polegadas e a tendência é que eles vendam mais de 5 milhões de unidades em 2014. Para se ter uma ideia, foram vendidos 128 mil aparelhos em 2012 e cerca de 2,2 milhões em 2013.

Recorde de vendas
“O resultado do segundo trimestre para smartphones ficou acima da nossa previsão e representa um recorde de vendas não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É a primeira vez que o país entra nesse patamar de 13 milhões e o mundo ultrapassa a marca de 300 milhões de smartphones vendidos. A expectativa é o bom momento persistir e um novo recorde ser batido nos próximos dois trimestres de 2014”, afirma Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil, em comunicado enviado ao G1.

Os números mostram que mesmo com a instabilidade vista em outros segmentos de tecnologia e o baixo crescimento da economia brasileira não afetaram a categoria de smartphones. Para o analista da IDC Brasil, existem quatro fatores que explicam o momento: aumento do portfólio de produtos aliado à queda nos preços por parte dos fabricantes, um maior investimento dos canais em cima desta categoria – principalmente o varejista, a inclusão deste dispositivo na MP do Bem e a prorrogação da isenção de impostos para smartphones por parte do governo, e o fator principal que é o usuário com um desejo cada vez maior em estar conectado de onde ele estiver.

(Por G1) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM