As vendas no comércio brasileiro surpreenderam e caíram 1,1% em julho sobre junho, pior resultado desde outubro de 2008 (quando também caíram 1,1%).

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (11).

Na comparação mensal, o setor está sem crescer há seis meses. Em relação a julho do ano passado, as vendas do varejo recuaram 0,9%.

No ano, entre janeiro e julho, o volume de vendas do varejo acumula alta de 3,5%. Em 12 meses, o resultado é positivo em 4,3%.

 

Queda surpreendeu mercado

Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam que as vendas do comércio subissem 0,5% em julho, na comparação com junho. A mediana de 26 projeções variou de queda de 0,6% a alta de 1,3%.

Em relação a julho do ano passado, a mediana de 25 projeções da Reuters apontava para alta de 1,9%. As apostas variaram entre queda de 2% e alta de 4,4%.

 

Móveis e eletrodomésticos têm maior baixa

A venda de móveis e eletrodomésticos teve a maior queda entre as categorias pesquisadas, recuando 4,1% entre junho e julho. As vendas em supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 1,3%.

Tecidos, artigos de vestuário e calçados tiveram leve queda de 0,1%, enquanto as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos não variaram.

As demais categorias apresentaram alta na comparação mensal, com destaue para vendas de veículos e motos, que subiu 4,3%, e de material de construção, que teve alta de 3,8%.

(Por UOL) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM