É cada vez mais comum receber o produto com a sacola na hora de pagar a conta no caixa do supermercado. “Eu acho muito deselegante ter que sair com as compras em caixas de papelão. Eu não compraria em um lugar que não tivesse sacolinhas”, defende o dono da rede de supermercados BH, Pedro Lourenço de Oliveira. As 48 lojas dele na capital chegaram a extinguir o material por quatro meses, quando entrou em vigor a lei municipal que permitia apenas sacolinhas biodegradáveis e compostáveis, em Belo Horizonte. “Choveu reclamação. Aí, nós voltamos a fornecê-las de graça. Nossas vendas subiram 5% depois disso”, comemora o empresário, que gasta R$ 0,08 por sacola. Ele garante que o próprio supermercado arca com os custos, evitando repassá-los ao consumidor.

Crescimento

O faturamento do setor supermercadista de Minas Gerais cresceu 2,82% no primeiro quadrimestre de 2014 em relação ao ano passado, segundo pesquisa da Amis (Associação Mineira de Supermercados). Nos primeiros quatro meses de 2013, as vendas das sacolas estavam em vigor, de acordo com decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A determinação foi derrubada pelo próprio órgão em agosto do ano passado.

Porém, a Amis não acredita que a sacola plástica tenha influenciado nesse termômetro de vendas do setor supermercadista.

Entenda o caso

Em 2011, entrou em vigor em Belo Horizonte a Lei Municipal 9.529/2008, que determinou a substituição de sacos de lixo e sacolas plásticas por modelos ecológicos ou retornáveis. O preço cobrado era, em média, R$ 0,19 por unidade.

Em 2012, o MPMG proibiu a venda das sacolinhas. Em janeiro de 2013, elas voltaram a ser cobradas por decisão do TJMG. Em agosto de 2013, a venda foi novamente suspensa pelo próprio TJMG.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM