Um elemento novo chama a atenção de quem passa pelas estações Sumaré e Santos-Imigrantes da Linha Verde do Metrô, em São Paulo.

Na plataforma, um painel exibe a foto de uma prateleira com produtos como sabonete, xampu e fraldas, convidando o usuário a baixar um aplicativo e fazer a compra dos itens na hora, a partir de uma foto feita pelo celular, para serem entregues em casa.

A ação foi criada pela farmácia online Netfarma, que aposta nas prateleiras “virtuais” para incrementar as vendas por meio de dispositivos móveis neste ano.

A Netfarma tem entre os sócios Omilton Visconde Jr. (ex-Biosintética, atual MIP Farma Brasil) e Márcio Kumruian (da Netshoes), todos como pessoa física.

O projeto foi inspirado em uma ação realizada pela rede de supermercados Tesco, na Coreia do Sul.

A rede mantém um supermercado virtual em uma das estações de metrô da cidade, onde os passageiros podem fazer compras pelo celular por meio da leitura de QR Codes dos produtos que estão nas “prateleiras” – que na verdade são enormes painéis com imagens de gôndolas de um supermercado real.

Com a ação, as vendas da Tesco no país cresceram 130% em três meses.

No Brasil, a Netfarma investiu em uma tecnologia diferente, que permite o reconhecimento de embalagens de produtos a partir de uma foto tirada por um celular ou tablet.

O aplicativo Netfarma Acha localiza os itens da loja virtual no site da empresa para que a compra seja finalizada. A rede promete entregar a compra em até 4 horas.

“É cada vez maior o número de usuários do metrô que fazem compras por dispositivos móveis. A ação deve despertar a curiosidade dos consumidores”, diz a diretora de marketing da Netfarma, Edilaine Godoi.

Cerca de 50 mil pessoas circulam nas duas estações onde a ação está sendo realizada, segundo o Metrô. O aplicativo também reconhece a receita médica, para que ela seja analisada pela equipe de farmacêuticos Netfarma na compra de medicamentos.

A empresa investiu R$ 550 mil no desenvolvimento dos painéis e no aplicativo, feito em parceria com a VTX Brasil, com a qual a empresa tem um contrato de exclusividade de cinco anos para uso da tecnologia.

A primeira fase da ação, nas duas estações, será realizada até o dia 28. Mas a empresa negocia com o Metrô para ampliar o número de estações.

A Netfarma também pretende expandir o projeto para academias e bancas de jornais.

“Começamos em São Paulo, onde a entrega é mais rápida. Depois queremos ir para o Rio de Janeiro e Minas Gerais”, diz Edilaine.

Até agora, foram registrados 5 mil downloads do aplicativo da rede de farmácia. A meta é que a loja virtual aumente a participação das vendas por aplicativo de 7% para entre 10% e 15% até o fim do ano.

No ano passado, a Netfarma faturou R$ 20 milhões e projeta R$ 80 milhões para este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Por Exame) varejo, núcleo de estudo do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM