Apesar da chegada triunfante, a vida da americana Forever 21 não deve ser fácil no Brasil. O mercado nacional já tem lojas consagradas no segmento fast-fashion, como C&A, Renner, Marisa e Riachuelo, além da Zara, que é ícone mundial deste modelo de varejo, e das multinacionais recém-chegadas como Gap e Topshop.

Essas redes disputam de forma agressiva um mercado que neste ano deve movimentar R$ 138 bilhões no país, segundo dados do Ibope Inteligência sobre consumo de vestuário.

Para se destacar no complexo mercado brasileiro, o sócio da consultoria DataPopular, Renato Meirelles, ressalta que a empresa terá de correr para ganhar escala e agilidade. “Não dá para ressuscitar roupas vendidas em outro hemisfério na estação anterior”, diz ele.

Kristen Strickler, a porta-voz da Forever 21, garante que isso não vai acontecer, apesar de a empresa não ter interesse de produzir coleções exclusivas para o mercado brasileiro. “A moda é global”, diz a executiva de 27 anos.

Além das peças “descoladas”, presentes em todas as vitrines da Forever 21 pelo mundo, a marca se destaca pelos preços baixos. Essa estratégia, na avaliação dos analistas de varejo do banco Itaú BBA pode ser “potencialmente negativa para as varejistas brasileiras no médio e longo prazo”. Um relatório do banco fez algumas comparações: na Forever 21, uma regata custa R$ 8,90. Na Marisa e na Renner, peça similar sai por R$ 13,90 e R$ 19,90, respectivamente.

Ainda assim, os preços de alguns produtos por aqui são um pouco superiores aos dos Estados Unidos. A designer carioca e blogueira de moda Renata Freire visitou a loja do Rio e comparou a etiqueta com o valor de venda do site americano da Forever 21.

Ela pagou R$ 92,90 pela mesma saia que estava em promoção no e-commerce da marca por US$ 16,99. “Acabei gastando em torno de R$ 30 a mais do que eu gastaria se tivesse comprado lá fora”, escreveu a blogueira.

 

[Fonte: Exame]

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