Fundador da Ri Happy, Ricardo Sayon entrou na venda de brinquedos meio sem querer. Mas saiu do segmento a muito custo (por cerca de R$ 600 milhões, que é quanto se estima que tenha girado a negociação entre a rede e o novo controlador, o fundo de private equity Carlyle). Quase dois anos após a consumação do negócio, o empresário ainda diz sentir falta do dia a dia no comando da empresa. Mais especificamente do convívio com a equipe de profissionais que formou ao longo desses anos. “Para mim, eu não tenho dúvida. Era o momento das nossas vidas em que a gente realmente queria se afastar”, diz o empreendedor.

“Mas o que mais eu sinto falta não é do sucesso, o que você mais sente falta são as pessoas. Isso é uma coisa que durante um tempo incomoda. Para mim, incomoda até hoje.”

Do ponto de vista profissional, Sayon permanece ativo com investimentos em diversos segmentos. Retomar a medicina que ele abdicou para gerir a Ri Happy, marca inicialmente administrada pela mulher para ocupar um imóvel vazio do casal, ainda é um plano futuro.

Enquanto isso, ele dá expediente no escritório da Para Bem, rede de estacionamentos que mantém há mais de 30anos com o sócio Roberto Saba, o mesmo que dividiu o comando da Ri Happy e dos investimentos atuais em shoppings do interior e em condomínios logísticos. “Quando vendi, sofri um assédio muito grande. Foi preciso ter muito juízo”, diz.

 

[Fonte: Estadão]

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